quarta-feira, 22 de junho de 2016

Mike Tramp – Nomad (2015):





Por Davi Pascale

Ex-vocalista do White Lion lança novo trabalho solo e resgata sua velha conhecida sonoridade na melhor Tom Petty vibe.  Trabalho bonito e consistente.

É difícil algum artista se reinventar quando teve uma banda de sucesso. Nesses casos, é bem comum que mantenha a sonoridade (ou boa parte dela) na sua trajetória solo. Mas Mike Tramp fez isso 3 vezes. No Freak Of Nature, nos álbuns de reunião do White Lion e em sua carreira-solo. Ponto para o cara.

Quem não está acostumado com seus discos é bom ir com calma. Aqui não temos aqueles hard rocks pesados com guitarras altamente influenciadas por Van Halen, como acontecia nos tempos de White Lion (sua banda mais famosa). E nem aquelas baladas estilo Poison e Bon Jovi. Em seus trabalhos solo, sempre apontou para um rock mais simples, mais pop, com uma influencia country por trás. Com uma sonoridade mais próxima à de Tom Petty ou John Cougar Mellencamp. E essa é á lógica por aqui.

Seu estilo vocal não mudou. Continua com seu sotaque acaipirado, sem ficar atacando voz para cima. Até porque, embora seja um bom cantor, nunca teve um alcance animalesco como ocorrem com alguns parceiros de geração (vide Oni Logan ou Sammy Hagar).

Álbum encerra trilogia

Seu último álbum, Museum, havia sido apedrejado por vários críticos por conter muitas baladas. Espero que não ocorra o mesmo com o rapaz agora. O novo CD mantém a mesma lógica. O disco é repleto de baladas, misturando violões e guitarras na mesma faixa. Só que as composições estão muito mais legais. Álbum bem consistente.

Esse disco que chega agora às lojas encerra uma trilogia iniciada em Cobblestone Street. Difícil saber o que está por vir. Difícil saber se o próximo álbum vai voltar com rocks estilo “Already Gone” ou se vai largar o estilo de escrita storyteller que adotou nos últimos álbuns. Só o tempo dirá...

Os grandes destaques de Nomad ficam por conta de “Give It All You Got”, “Wait Till Forever”, “High Like a Mountain”, “Who Can You Believe” e “Moving On”. Álbum bem legal, desde que você curta um rock com uma pagada mais soft, sem distorções, solos velozes e afins. 

Nota: 8,0 / 10,0
Status: Baladeiro, mas consistente

Faixas:
      01)   Give It All You Got
      02)   Wait Till Forever
      03)   Counting The Hours
      04)   Bow And Obey
      05)   High Like a Mountain
      06)   No More
      07)   Stay
      08)   Who Can You Believe
      09)   Live To Tell
      10)   Moving On