domingo, 3 de julho de 2016

Plebe Rude – Sesc Santo Andre (1/7/2016):



Por Davi Pascale
Fotos por Davi Pascale

Philippe Seabra, Andre X, Clemente e Marcelo Capucci agitaram a noite de Santo Andre na ultima sexta. Com som alto, músicos fizeram um show cheio de atitude e recheado de clássicos.

A apresentação da Plebe Rude comemorava os 30 anos de O Concreto Já Rachou. Seu cultuado álbum de estreia. É capaz que o grande público se lembre apenas do hit “Até Quando Esperar”, mas quem conhece a cena e os discos dos rapazes, tem várias musicas na ponta da língua e considera várias de suas canções como clássicas.

Entre idas e vindas, os músicos colocaram um total de 8 álbuns nas lojas. Nos discos cometeram algumas ousadias, como misturar elementos regionais em seu terceiro LP. Ao vivo, entretanto, a sonoridade é uma só. Punk rock simples e direto repleto de guitarras. Com som no talo e bastante peso, os garotos agradaram seus fieis seguidores.

O mais novo integrante é Marcelo Capucci. Responsável pelas baquetas em Nação Daltônica. Entretanto, o rapaz já está super entrosado, tocou o set todo com bastante segurança. Algumas canções desse álbum foram apresentadas. Entre elas, “Anos de Luta” e “Mais Um Ano você”.  

Atualmente, é comum que uma banda opte por tocar seu álbum na íntegra, na ordem do disco, quando saem fazendo shows comemorativos. Esse não foi o caso. As músicas de seu debut foram espalhadas durante o set. “Johnny Vai à Guerra”, “Proteção”, “Minha Renda” e “Sexo e Karatê” agitaram bem o público.

Andre X e Clemente em ação

Mesmo longe da mídia há alguns anos, o grupo tocou com teatro lotado. Dias antes da apresentação, os ingressos já estavam todos esgotados. No publico, misturava-se gente de todas as idades, mas a maioria estava em torno de seus 30 e 40 poucos anos.

Clemente, o líder dos Inocentes, está na Plebe desde 2003. O músico ajuda a dividir a guitarra, os vocais e tem uma ótima presença de palco. Prova disso é sua ótima interpretação no clássico “Brasília”. Casou como uma luva na sonoridade do grupo. 

O repertorio passou por diferentes períodos. É muito comum que os artistas foquem a escolha das canções no período de ouro, deixando os trabalhos mais obscuros de fora. Esse não é o caso aqui. Até mesmo LP Mais Raiva do Que Medo, gravado apenas com Philippe e Andre, foi lembrado. Alguns clássicos da cena punk também deram as caras: “Medo” (Cólera), “Pátria Amada” (Inocentes) e “Rock The Casbah” (The Clash), para ser mais exato. 

O final, não poderia ser diferente. “Até Quando Esperar” fechou a noite com o publico cantando junto com os músicos. Philippe Seabra e Andre X já lutam pela Plebe à 30 anos e pelo visto continuarão por vários anos ainda. O grupo está com uma puta energia, ainda têm muita lenha para queimar. Showzaço!