sábado, 21 de fevereiro de 2015

The Agonist – Eye of Providence (2015)

Por Rafael Menegueti

The Agonist - Eye of Providence

Os canadenses do The Agonist estão finalmente lançando seu novo álbum, “Eye of Providence”, que chega as lojas na segunda, dia 23/02. No entanto, a banda já disponibilizou o disco para audição na integra nessa semana via soundcloud. Esse disco marca a estreia de Vicky Psarakis nos vocais, substituindo Alissa White-Gluz que saiu para o Arch Enemy. E é exatamente essa mudança a maior diferença desse trabalho em relação aos anteriores.

Então vamos lá. O estilo de vocal de Vicky é muito parecido com o de Alissa. Ambas tem habilidade na técnica gutural e com a voz limpa, mas acredito que Alissa ainda tenha um maior domínio técnico. O que não significa que Vicky não seja boa. Ela apenas não tem a experiência necessária ainda, mas casa perfeitamente com o estilo e a proposta da banda. E o Agonist não é dessas bandas que exigem muito.

O som que a banda trás é o mesmo ao qual os fãs já estão habituados. Riffs rápidos, que oscilam entre o caos, a calmaria e a cadência em questão de instantes. Bateria frenética e bastante técnica aliada ao ritmo trazido pelo baixo, bem acentuado nas canções. O disco já começa de modo direto, pesado, mostrando que a banda continua mesma, na faixa “Gates of Horn and Ivory”. “”My Witness, Your Victim” é a faixa que vem em seguida, com a mesma pegada.

Vicky Psarakis fez sua estreia coo vocalista do The Agonist
E pelo disco todo a banda dá mostras de estar com a mesma energia de antes. Os solos de Danny Marino e Paco Jobin são bem elaborados e constantes. As canções seguem a velha formula de misturar os momentos melódicos com tempos mais rápidos e climas caóticos. Dentre as faixas que melhor mostram essa proposta da banda estão “Perpetual Notion”, “I Endeavor”, “A Necesary Evil” e “Disconnect Me”.

Em compensação, nesse álbum o grupo também consegue mostrar momentos de mais suavidade. “A Gentle Disease” é a primeira faixa da banda que conta apenas com um violão e a voz suave e limpa da vocalista. A faixa que encerra o disco, “As Above, As Below”, tem sete minutos e começa leve e tranquila, e vai crescendo até ganhar peso a partir do terceiro minuto. Um ótimo encerramento.

Creio que para uma estreia, Vicky tenha feito um trabalho excelente. Ela deve crescer muito mais na banda. Como um todo o disco é bom, segue a linha do que eles sempre nos mostraram e transcorre bem, com faixas diretas e rápidas, que tornam a audição uma experiência divertida. Vale a pena continuar acreditando nessa ótima banda de melodic death metal canadense.


Nota: 8/10

Status: Caótico e direto

Faixas:
01. Gates Of Horn And Ivory
02. My Witness, Your Victim
03. Danse Macabre
04. I Endeavor
05. Faceless Messenger
06. Perpetual Notion
07. A Necessary Evil
08. Architects Hallucinate
09. Disconnect Me
10. The Perfect Embodiment
11. A Gentle Disease
12. Follow The Crossed Line
13. As Above, So Below