sábado, 28 de fevereiro de 2015

Rob Zombie – Venomous Rat Regenaration Vendor (2013):



Por Davi Pascale

Em 2013, o cantor Rob Zombie colocou no mercado seu quinto álbum de inéditas e um de seus trabalhos mais inspirados. Contando com a produção de Bob Marlette (Ozzy Osbourne, Alice Cooper), o disco traz sua usual mistura de heavy metal com elementos eletrônicos.

Tive o primeiro contato com a música de Rob Zombie através do canal televisivo MTV, quando o mesmo ainda fazia parte de um grupo chamado White Zombie. Na época, mais precisamente o disco Astro Creep 2000, o rapaz era constantemente comparado pela imprensa com o cantor Marilyn Manson. Embora sejam dois artistas com personalidades próprias, realmente existiam alguns pontos em comum: o visual excêntrico, a postura questionadora e o flerte da musica pesada com a eletrônica. Embora sejam os dois mais populares, principalmente no Brasil, a fazer essa mistura é bom lembrar que essa sacada não nasceu deles. Grupos como Ministry e Nine Inch Nails já apostavam nesse universo antes dos rapazes. O auê foi tanto que a idéia de saírem em turnê conjunta já era mais do que esperada. É impressionante como o mundo dá voltas. Naquela época, Manson era o grande nome da vez. Rob Zombie por mais que tivesse uma carreira mais extensa (o primeiro trabalho do White Zombie foi lançado em 1985) não tinha a mesma projeção. Hoje, o cara está com tudo. Nosso amigo anticristo foi numero de abertura da turnê. Quem diria...

Algo que ninguém apostava também é que ele trabalharia com músicos de Manson. O baterista responsável pelas gravações do disco é justamente Ginger Fish, que trabalhou com o antichrist superstar por mais de 15 anos. As guitarras ficaram por conta de John 5. Mais um que trabalhou com Manson. Embora esse já esteja ao lado de Zombie há algum tempo. O baixo ficou nas mãos de Piggy D. Os músicos não poderiam serem mais adequados. São os caras certos para o som do rapaz. Formação simplesmente matadora.

Venomous Rat Regenaration Vendor é um de seus melhores trabalhos solo

O disco começa com “Teenage Nosferatu Pussy”, um som que é pesado e um pouco sombrio que por alguma razão me remeteu um pouco à “Living Dead Girl”. A faixa seguinte “Dead City Radio And The New Gods of Supertown” foi a escolhida para ser utilizada como um aperitivo do que estava por vir. Foi a primeira faixa que seus fãs ouviram e é realmente uma canção forte, assim como “Revelation Revolution”.

Algo bacana nesse trabalho é que a qualidade dele meio que se mantém do início ao fim. Para mim, existem apenas dois pontos fracos em todo o álbum: “Rock And Roll (In a Black Hole)” que, embora tenha um refrão explosivo, tem um arranjo meio cansativo e a versão de “We´re An American Band”. Essa mesma. Classicão do Grand Funk Railroad. Gosto muito do Grand Funk, o som é um clássico, mas achei que a releitura não funcionou e não consigo ver muita semelhança com sua obra. Desnecessária!

Os arranjos ficaram todos por conta da dupla Rob Zombie e John 5. O cantor também é responsável por todas as letras todo o álbum (com exceção da canção do Grand Funk, é claro) e continua com as mesmas loucuras de sempre misturando elementos de sexo, violência e terror. O que mais poderíamos esperar da mente que dirigiu e escreveu A Casa dos 1000 Corpos e Rejeitados Pelo Diabo?  Mais Rob Zombie, impossível!

Nota: 9,0 / 10,0
Status: Pesado e inspirado

Faixas:
      01)   Teenage Nosferatu Pussy
      02)   Dead City Radio And The New Gods of Supertown 
      03)   Revelation Revolution
      04)   Theme For The Rat Vendor (vinheta)
      05)   Ging Gang Gong De Do Gong De La Raga
      06)   Rock and Roll (In a Black Hole)
      07)   Behold, The Pretty Filthy Creatures!
      08)   White Trash Freaks
      09)   We´re An American Band
      10)   Lucifer Rising
      11)   The Girl Who Loved The Monsters
      12)   Trade In Your Guns For a Coffin´

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

5 bandas que o Rock In Rio podia trazer para alavancar o festival

Por Rafael Menegueti

Essa semana o Rock In Rio confirmou mais dois nomes no seu line-up: O já habitual Metallica e a interessante surpresa de Queen + Adam Lambert. Ainda rondam o festival vários boatos de bandas que devem ser confirmadas, como Nightwish, o U2 (que não se apresenta em festivais, mas poderia abrir uma excessão) e mais recentemente o Lamb of God. Mas ainda tem muito nome a ser confirmado e poucas pessoas imaginam quem além dos artistas que o festival já está acostumado a trazer poderia pintar como novidade. Deixo aqui então uma listinha com cinco nomes que poderiam ser interessantes caso fossem anunciados:

1. Angra


Já passou da hora da banda brasileira ganhar uma chance no Palco Mundo. O grupo tem uma historia sólida, e fãs fieis suficientes para conseguir uma chance dessa. Lançaram disco novo e estão acompanhados de Fabio Lione, um dos vocalistas mais aclamados do gênero melódico.  Mais do que justo a banda poder mostrar que está se reerguendo depois 
da fraca performance no Palco Sunset em 2011.

2. Black Label Society


Quer deixar a noite do metal com uma cara realmente de festival do gênero? O Black Label Society então é uma ótima pedida. Tá certo que o grupo comandado pelo guitarrista Zakk Wylde já esteve no Brasil em agosto do ano passado com a turnê do mais recente álbum, “Catacombs of the Black Vatican”, mas isso não significa nada, pois muita gente se interessaria em ver a banda.

3. Blues Pills


Se for pra trazer uma boa revelação pro festival, que tal o Blues Pills? A banda sueca de rock psicodélico vem crescendo em numero de fãs e seria muito legal vê-los no Palco Sunset. Sem falar que seria uma ótima forma de mostrar aos brasileiros como excelentes bandas novas continuam surgindo.

4. Slash feat. Miles Kennedy & The Conspirators


O ex-Guns ´N Roses lançou um álbum bacana, tem público suficiente e poderia ser uma atração interessante comercialmente para o festival. O músico toca no Brasil agora em março, mas isso nunca impede os produtores de tentarem trazer uma banda ou artista de novo. Já valeria a pena pra muita gente.

5. Rolling Stones


Mesmo eu não sendo fã de Stones, não posso negar: A banda é uma das mais importantes da historia e a maior em atividade. Qual seria a perfeita opção então para encerrar um Rock In Rio que celebra os 30 anos do maior festival brasileiro? A mais importante banda de rock em atividade, é obvio. A banda já vai tocar na edição de Lisboa, e boatos dariam conta da possível vinda deles ao Brasil esse ano. Não é nem um pouco absurdo esperar por isso.


E você? Quais bandas acha que poderiam dar as caras no festival?

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Courtney Love – You Know My Name / Wedding Day (2014):



Por Davi Pascale

Cantora sai do ostracismo e lança um compacto com novo material. Embora sejam apenas duas músicas, material mostra Courtney Love em seu melhor momento criativo desde Celebrity Skin.  

Courtney Michelle Love sempre foi altos e baixos. Não apenas em seu dia-a-dia (oras aparece desleixada, totalmente fora de si, falando coisas desconexas. Oras aparece extremamente sexy, dando respostas sagazes o suficiente para quebrar a cara de qualquer um que a provoque, utilizando sempre o seu sarcasmo), mas também em sua carreira. Live Through This, Celebrity Skin e até mesmo America´s Sweetheart são ótimos álbuns. Materiais acima da media, capazes de fazer com que o jornalista que mais a odeie, pense e repense na escolha das palavras na hora de escrever um review. Por outro lado, trabalhos como Nobody´s Daugher, o disco da tal volta do Hole, frustrou boa parte de seus admiradores com uma gravação sem brilho e poucas faixas memoráveis.

“You Know My Name”, primeira canção do disquinho, traz a velha Courtney. Canção curta, rápida, com guitarras sujas e vocais gritados. Embora traga um acento pop no refrão, nos recorda de seus anos iniciais. Mas peraí... Live Thorugh This e Celebrity Skin também possuíam um acento pop. Imagine a sujeira de Pretty On The Inside com um refrão no estilo de Celebrity Skin. É mais ou menos disso que se trata.

Tommy Lee participou das gravações do novo compacto de Courtney Love

Se “You Know My Name” já nos traz uma vaga recordação dos anos 90, a faixa do lado B, “Wedding Day” nos leva de volta aos tempos onde o grupo se apresentava em casas como Whisky A Go Go e CBGB, com uma Courtney endiabrada mergulhando no publico, trazendo fãs ao palco e quebrando instrumentos no final de suas apresentações. Aqui, o acento pop, a pegada mais comercial, some de vez, apostando em uma sonoridade alternativa ao pé da letra. Canção que tem de tudo para agradar aos admiradores não apenas do Hole, mas da cena grunge em geral. O mais legal de tudo, Tommy Lee, baterista do Motley Crue (banda de hair metal, estilo acusado de ter sido destruído pelo grunge) participa das gravações.

Inicialmente, essas faixas seriam um aperitivo de um novo trabalho solo da cantora. Ideia que foi engavetada após Courtney se reconciliar com Eric Erlandson. Aparentemente a dupla estaria compondo material junto e planejando uma turnê do Hole ao lado de Melissa Auf Der Maur e Patty Schemel. Se bem que essa história também está meio nebulosa. E do jeito que a cantora é cheia de altos e baixos, recomendo aqueles que curtem, correrem atrás do disquinho antes que essas faixas se tornem raridades. Aos colecionadores, existe uma prensagem de 3.000 cópias com vinil rosa. Quem desejar, terá que revirar os ebays da vida, pois já encontra-se esgotado. Contudo, o vinil preto está em catálogo e as faixas encontram-se no Itunes. 

Nota: 9,0/10,0
Status: Empolgante

Faixas:
01) You Know My Name
02) Wedding Day

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Notícias do Rock (pra não ficar por fora)

Por Rafael Menegueti

Kamelot anuncia detalhes do novo álbum

Kamelot lança novo álbum em maio
Uma das maiores bandas de power/symphonic metal do mundo está com disco novo pronto, para a alegria de seus apaixonados e ansiosos fãs. “Haven” será o décimo primeiro álbum da banda e o segundo com o sueco Tommy Karevik nos vocais. O disco também contará com as participações especiais de Charlotte Wessels (Delain), Troy Donockley (Nightwish) e Alissa White-Gluz (Arch Enemy), que  já havia participado do último disco, “Silverthorn”. “Haven será lançado em 4 de maio. HAverá uma edição deluxe com CD bônus contendo faixas instrumentais e versões alternativas. Confira capa e tracklist:


1. Fallen Star
2. Insomnia
3. Citizen Zero
4. Veil of Elysium
5. Under Grey Skies
6. My Therapy
7. Ecclesia
8. End of Innocence
9. Beautiful Apocalypse
10. Liar Liar (Wasteland Monarchy)
11. Here's To The Fall
12. Revolution
13. Haven

Morre Renato Rocha, ex-baixista da Legião Urbana

Músico enfrentou inúmeros problemas nos últimos anos
O músico que fez parte da formação que lançou os três primeiros álbuns da banda foi encontrado morto em um hotel no Guarujá, litoral de São Paulo. A causa da morte teria sido um ataque cardíaco. O músico vinha enfrentando inúmeros problemas nos últimos anos em decorrência do vício em drogas. Chegou a ser morador de rua, mas vinha se recuperando nos últimos tempos, chegando a passar um ano em uma clinica de reabilitação.

Metallica novamente no Rock In Rio

Pode parecer repetitivo... E é mesmo! O Metallica está confirmado mais uma vez como atração do Rock In Rio. Será a sexta vez da banda norte-americana no festival. Eles se juntam a Faith No More, Queens of The Stone Age, System of a Down e Slipknot, entre outros, no line-up do festival. Vamos aguardar agora os proximos nomes a serem confirmados.

The Darkness lançará seu novo disco em junho

A banda de hard rock inglesa, que estourou há 10 anos com o hit “I Believe In A Thing Called Love”, ficou parada cinco anos entre 2006 e 2011, e chegou a abrir shows da cantora Lady Gaga no Brasil, está para lançar disco novo. “Last of Our Kinds” será apenas o quarto disco de estúdio da banda, e será lançado em junho. Confirá abaixo a capa, o tracklist e o videoclipe da faixa “Barbarian”, primeiro single do novo trabalho.


01. Barbarian
02. Open Fire
03. Last of Our Kind
04. Roaring Waters
05. Wheels of the Machine
06. Mighty Wings
07. Mudslide
08. Sarah O’Sarah
09. Hammer & Tongs
10. Conquerors


terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Scorpions – Return to Forever (2015):



Por Davi Pascale

Os alemães dos Scorpions voltam a atacar!!! Comemorando 50 anos de estrada, soltam um disco de inéditas sem querer reinventar a roda. Se hoje, não causam mais as polêmicas que causaram nos primeiros anos, servem para nos lembrar dos bons tempos do rock e entregar um pouco de nostalgia aos seus velhos seguidores. Certamente, um trabalho que irá agradar seus velhos fãs.

Para quem não conhece os anos iniciais do grupo de Klaus Meine, o Scorpions começou tocando heavy metal e escreveu alguns clássicos do gênero. Durante sua extensa carreira, passaram por alguns momentos polêmicos: a perda da voz de Klaus Meine no auge do sucesso, experimentações não muito bem aceitas (como o trabalho flertando com eletrônica Eye II Eye) e diversas capas censuradas (sendo as mais famosas, as de Taken By Force e Virgin Killer). Esse momento de inquietação, de riscos, passou. Já faz um tempo que eles têm se preocupado em manter seu legado. Não querem mais correr o risco de perder parte de seu público. Esse sentimento é perceptível durante a audição de Return to Forever (título que acredito ser uma brincadeira com a volta da banda. Para quem está por fora, os músicos tinham anunciado uma turnê de despedida e depois decidiram seguir em frente, assim como aconteceu com o Kiss).

Não, esse não é mais um trabalho com regravações de “Still Loving You”, “Rock You Like a Hurricane”, “Winds of Change”, “The Zoo”... Esse é um trabalho de inéditas. Seu primeiro desde Sting In The Tail (2010). Entretanto, é um álbum que aposta na sua sonoridade tradicional, sem trazer grandes surpresas. O CD é repleto de ótimas canções, mas não espere nada muito inovador.

Trabalho deve agradar velhos seguidores

“Going Out With a Bang”, “Rock My Car”, “The Scratch” e ”Rock n´ Roll Band” trazem a velha sonoridade rock de arena. Guitarras com riffs simples, porém cativantes e refrões fáceis de serem memorizados. Sons que funcionariam muito bem em qualquer apresentação do grupo. Também não faltam as famosas músicas midtempo. Ou seja, aquelas que não chegam a serem pesadas, mas que chamá-las de baladas também chega a ser um exagero. Caso de “All For One”, “Hard Rockin´ The Place” e “Catch Your Lucky And Play”. Canções que se tivessem sido lançadas em outro período, provavelmente ganhariam uma certa projeção nas rádios e nas MTV´s da vida.

Contudo, não se engane. Não ache que os caras entregaram um CD sem nenhuma balada. Em se tratando de Scorpions, já era até esperado. “Eye Of The Storm” e “Gypsy Life” são baladas típicas da banda começando com dedilhado e vocal suave, crescendo no refrão com entrada da bateria e uma guitarra levemente distorcida. Fórmula parecida com a do clássico “Send Me An Angel”. “House of Cards” aposta em apenas vocais, violões e guitarra. Sem bateria, dessa vez.

Embora conte com um pequeno efeito aqui e ali, Return to Forever não é um trabalho com uma mixagem moderna, como ocorreu em Humanity: Hour 1. Pelo contrário, muitas vezes, nos remete ao som dos anos 80. Disco típico que deve ser massacrado pelos críticos musicais e abraçado pelos fãs.

Nota: 8,0 / 10,0
Status: Honesto

Faixas:
      01)   Going Out With a Bang
      02)   We Built This House
      03)   Rock My Car
      04)   House of Cards
      05)   All For One
      06)   Rock n´ Roll Bang
      07)   Catch Your Luck And Play
      08)   Rollin´ Home
      09)   Hard Rockin´ The Place
      10)   Eye Of The Storm
      11)   The Scratch
      12)   Gypsy Life

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

6 músicas essenciais para conhecer Sonata Arctica

Por Rafael Menegueti

Os finlandeses do Sonata Arctica estão em turnê novamente pelo Brasil, e para deixar os fãs ainda mais no clima dos shows que ocorrem em 10 cidades brasileiras (Fortaleza e Recife já foram as primeiras nesse final de semana), na maior turnê da banda por aqui, e também para quem ainda não conhece a banda conhecer um pouco mais sobre eles, preparei uma pequena lista com seis faixas essenciais do grupo que devem estar presentes no setlist dos shows no país.


1. Fullmoon


Essa é a música preferida de muitos fãs da banda e indispensável em qualquer show do grupo. Presente no primeiro disco deles, “Ecliptica” (1999), “Fullmoon” é uma música que possui uma melodia suave e ao mesmo tempo mantem um ritmo com pegada acelerada, e um refrão que te pega de primeira. A letra da música é basicamente uma historia de lobisomem.

2. Tallulah


Balada romântica, carregada pelo tema de teclado e que cresce rapidamente junto da melodia. Os vocais de Tony Kakko nessa canção são bem suaves e isso torna a faixa uma das mais agradáveis da carreira banda. A faixa apareceu no setlist dos dois primeiros shows da banda no Brasil, portanto deve aparecer também nos shows que virão. Ela aparece no segundo disco da banda, “Silence” (2001).

3. Don´t Say a Word


Música com riff rápido, pegada mais power metal e que traz um Tony Kakko com vocais poderosos e marcantes. O refrão com grande presença de backing vocals torna a música empolgante. A faixa foi single do disco “Reckoning Night” (2004), quarto da banda, e é a escolhida a um bom tempo para ser o encerramento dos shows da banda.

4. Paid In Full


Faixa do quinto disco, “Unia” (2007), que foi o ultimo a contar com o guitarrista original da banda, Jani Liimatainen. Com excelente letra, um riff potente, e marcada por um belo solo de teclado de Henrik Klingenberg, o single tem um ritmo que se mantêm durante toda a música.

5. I Have a Right


Essa música está presente no sétimo disco da banda, “Stones Grow Her Name” (2012), onde a banda buscou misturar influências de outras vertentes e estilos, como o hard rock. “I Have a Right” é uma das músicas mais diferentes que a banda já lançou. Os teclados e a levada da guitarra carregam a faixa, que tem os versos de Tony Kakko cantados mais rapidamente, quase sem pausas, principalmente no refrão, numa melodia mais alegre, talvez pelo tema mais motivacional da canção.

6. The Wolves Die Young



Primeiro single do mais recente disco de inéditas da banda, “Pariah´s Child”, a música traz de volta as velhas referências sobre lobos que a banda sempre usou em sua carreira, mas que haviam ficado de lado no disco anterior. A faixa é bem empolgante e melódica, e nessa turnê tem sido a faixa de abertura dos shows da banda.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Million Dollar Quartet: De Jam à Broadway.



Por Davi Pascale

Em 2006, foi criado um novo musical na Broadaway, Million Dollar Quartet: The Musical. Quase dez anos depois, a peça ainda está em cartaz. E o mais legal de tudo é que ela foi criada em cima de um fato verídico. Um momento de descontração dentro do estúdio. Louco, né?

Pois bem... Em 1956, o cantor Carl Perkins entrou em estúdio para gravar algumas novas músicas. Ver se saía alguma coisa. Estava começando a pensar no seu próximo compacto. E eis que o produtor Sam Phillips teve uma sacada: utilizar sua nova contratação para gravar piano em algumas daquelas faixas. A nova contratação do cara? Jerry Lee Lewis. O músico foi ao estúdio, fazer seu trabalho e arrecadar um dinheirinho extra. O cantor começava a ter algum destaque com “Crazy Arms”, mas ainda estava longe de ser um artista idolatrado, cultuado, até mesmo de ser um artista de sucesso. Era, no máximo, uma promessa.

No mesmo dia, 4 de Dezembro de 1956, o cantor Elvis Presley resolveu fazer uma visita aos estúdios, acompanhado de sua namorada Marilyn Evans. O cantor, que era mais um contratado da Sun Records, estava dominando a cena. 4 meses antes, sua aparição no Ed Sullivan Show havia batido recorde de audiência. Estima-se que 55 milhões de pessoas tenham assistido a transmissão. Segundo a pesquisa da época, 83% dos televisores estavam sintonizados no programa de Sullivan. Elvis foi conversar com Phillips e ouviu as fitas que estavam sendo gravadas. O rapaz gostou do material e foi até a sala de gravação conversar com os músicos. Do nada, os caras começaram a fazer algumas jams (improvisações) em tom de brincadeira. E aí começa o Million Dollar Quartet. Peraí, mas quartet são 4, certo?

O encontro ficou tão famoso que virou musical na Broadway

Exatamente. O quarto integrante era nada mais, nada menos do que Johnny Cash, outro artista de sucesso do momento. Não se sabe exatamente quando ele chegou ao estúdio. O que se sabe é que a Columbia estava sondando o rapaz e a gravadora queria renovar seu contrato. Só se sabe que do nada, ele resolveu se juntar aos rapazes. Sam Phillips, resolveu gravar o material como um souvenir, um registro histórico. Durante muito tempo questionou-se se Cash havia realmente cantado nas canções ou se havia apenas dado o ar da graça no estúdio, já que sua voz é bem difícil de se distinguir nas gravações. O mistério acabou quando o rapaz publicou sua autobiografia: "...ao contrário do que algumas pessoas escreveram, minha voz está na fita. Não é óbvio porque estava longe do microfone e cantava muito mais alto do que o normal para ficar em harmonia com Elvis, mas estou lá...". Nesse mesmo livro, o astro revela que Jerry Lee Lewis, hoje considerado um artista tão importante quantos os demais que estavam naquela sala, foi deixado meio de lado pelos colegas. “Ninguém queria seguir Jerry Lee, nem mesmo Elvis”.

Capa do CD lançado em 2006

O momento inusitado rendeu ainda uma matéria no jornal de Memphis, escrita pelo jornalista Bob Johnson. Mais uma das sacadas de Phillips. O nome da matéria? Million Dollar Quartet. Foi daí que nasceu a expressão que todo mundo conhece. Os músicos não pensaram em nome nenhum, nem houve novas sessões. Não existia projeto, nem banda, nem disco. Eram apenas 4 músicos que, por um acaso, se encontraram no estúdio e resolveram passar um tempo juntos. 

Em 2006, 50 anos depois do histórico encontro, Floyd Mutrux e Colin Escott resolveram transformar o acontecimento em um musical. O que ninguém esperava é que o projeto desse tão certo. A peça ainda está em cartaz em Chicago e durante esses anos chegou à ser indicado para várias premiações. Nesse mesmo ano chegou ao mercado o CD The Complete Million Dollar Quartet, lançado pela BMG, em comemoração aos 50 anos do evento. E vocês acham que essas horas que os artistas passam no estúdio jogando conversa fora não significa nada, né?

sábado, 21 de fevereiro de 2015

The Agonist – Eye of Providence (2015)

Por Rafael Menegueti

The Agonist - Eye of Providence

Os canadenses do The Agonist estão finalmente lançando seu novo álbum, “Eye of Providence”, que chega as lojas na segunda, dia 23/02. No entanto, a banda já disponibilizou o disco para audição na integra nessa semana via soundcloud. Esse disco marca a estreia de Vicky Psarakis nos vocais, substituindo Alissa White-Gluz que saiu para o Arch Enemy. E é exatamente essa mudança a maior diferença desse trabalho em relação aos anteriores.

Então vamos lá. O estilo de vocal de Vicky é muito parecido com o de Alissa. Ambas tem habilidade na técnica gutural e com a voz limpa, mas acredito que Alissa ainda tenha um maior domínio técnico. O que não significa que Vicky não seja boa. Ela apenas não tem a experiência necessária ainda, mas casa perfeitamente com o estilo e a proposta da banda. E o Agonist não é dessas bandas que exigem muito.

O som que a banda trás é o mesmo ao qual os fãs já estão habituados. Riffs rápidos, que oscilam entre o caos, a calmaria e a cadência em questão de instantes. Bateria frenética e bastante técnica aliada ao ritmo trazido pelo baixo, bem acentuado nas canções. O disco já começa de modo direto, pesado, mostrando que a banda continua mesma, na faixa “Gates of Horn and Ivory”. “”My Witness, Your Victim” é a faixa que vem em seguida, com a mesma pegada.

Vicky Psarakis fez sua estreia coo vocalista do The Agonist
E pelo disco todo a banda dá mostras de estar com a mesma energia de antes. Os solos de Danny Marino e Paco Jobin são bem elaborados e constantes. As canções seguem a velha formula de misturar os momentos melódicos com tempos mais rápidos e climas caóticos. Dentre as faixas que melhor mostram essa proposta da banda estão “Perpetual Notion”, “I Endeavor”, “A Necesary Evil” e “Disconnect Me”.

Em compensação, nesse álbum o grupo também consegue mostrar momentos de mais suavidade. “A Gentle Disease” é a primeira faixa da banda que conta apenas com um violão e a voz suave e limpa da vocalista. A faixa que encerra o disco, “As Above, As Below”, tem sete minutos e começa leve e tranquila, e vai crescendo até ganhar peso a partir do terceiro minuto. Um ótimo encerramento.

Creio que para uma estreia, Vicky tenha feito um trabalho excelente. Ela deve crescer muito mais na banda. Como um todo o disco é bom, segue a linha do que eles sempre nos mostraram e transcorre bem, com faixas diretas e rápidas, que tornam a audição uma experiência divertida. Vale a pena continuar acreditando nessa ótima banda de melodic death metal canadense.


Nota: 8/10

Status: Caótico e direto

Faixas:
01. Gates Of Horn And Ivory
02. My Witness, Your Victim
03. Danse Macabre
04. I Endeavor
05. Faceless Messenger
06. Perpetual Notion
07. A Necessary Evil
08. Architects Hallucinate
09. Disconnect Me
10. The Perfect Embodiment
11. A Gentle Disease
12. Follow The Crossed Line
13. As Above, So Below

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Notícias do Rock (pra não ficar por fora)

Por Davi Pascale


Bruce Dickinson faz tratamento de câncer



Uma verdadeira bomba pegou todo mundo de surpresa ontem. O grupo britânico Iron Maiden postou em seu site oficial que o vocalista Bruce Dickinson está fazendo um tratamento de câncer. O rapaz descobriu um câncer na língua durante seus exames de rotina pouco antes do Natal. Segundo os músicos, a doença foi diagnosticada no estágio inicial. Bruce passou a ultima semana fazendo radiologia e quimioterapia. Os músicos pedem compreensão, paciência e respeito por parte dos fãs e declararam que um novo comunicado será realizado no final de Maio. Torcemos por sua melhora!



Fernanda Abreu prepara novo álbum


Se os fãs de metal estão de luto, os fãs do pop brasileiro estão em comemoração. Essa ultima semana, a cantora carioca, Fernanda Abreu postou em sua página oficial do Facebook que está trabalhando em um novo álbum de inéditas, o primeiro em 9 anos!! O nome do disco ainda não foi divulgado, mas a artista declarou que já possui 7 músicas mixadas e que gostaria de lançar o trabalho no final do primeiro semestre. Para quem não se recorda, Fernanda ganhou fama ao lado da Blitz – o primeiro grupo da cena BRock à lançar um LP. Estamos no aguardo.



Autoramas torna-se quarteto e lança crowdfunding


O grupo liderado por Gabriel Thomaz não é mais um trio. E essa não foi a única mudança da formação. A baixista Flavia Couri abandonou o barco para ir morar na Dinamarca junto com seu marido. O baterista Bacalhau (ex-Planet Hemp) também pediu as contas. Vieram para seus lugares o baixista Melvins e o baterista Frederico Castro (o Fred do Raimundos), respectivamente. A banda ainda ganha o reforço da cantora Erika Martins (ex-Penélope e esposa de Gabriel). Para quem curte o som dos caras, pode colaborar com o crowdfounding lançado pelos músicos para arrecadar dinheiro para a gravação de seu próximo disco: O Futuro dos Autoramas. Para colaborar, basta clicar aqui http://www.embolacha.com.br/projeto/405-o-futuro-dos-autoramas



Mês de Março repleto de lançamentos


Início de ano é sempre meio devagar para lançamentos (inclusive, no Brasil), contudo o mês de Março promete. A publicação inglesa Classic Rock publicou uma lista com os discos mais aguardados para o próximo mês. Entre dezenas de reedições, estão os novos trabalhos de inéditas de artistas como Ringo Starr, Europe, Mark Knopfler, Toto, além de um álbum ao vivo do Van Halen. É bom já ir economizando dinheiro.... E, ah, sim. 25 de Fevereiro sai o novo do Whitesnake.


Faith No More gravou novo álbum por estarem entediados



O grupo Faith No More está prestes a lançar um novo disco, disso todo mundo já sabe. O tecladista Roddy Bottum, contudo, surpreendeu seus fãs com sua resposta na entrevista que cedeu à FasterLouder, sobre a razão de um novo álbum. “Estávamos entediados com o que estávamos fazendo. Sabemos que tem muitas pessoas que olham para nós como inspiração. Subir ao palco e tocar velhas canções de novo e de novo e de novo, é muito fácil. Nós não somos assim. Sempre nadamos contra a maré, sempre buscamos desafios”. Espero que o disco faça justiça ao discurso.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Unleash the Archers – Demons of the Astrowaste (2011)

Por Rafael Menegueti

Unleash the Archers - Demons of the Astrowaste
Outra banda desconhecida, mas que deve começar a ganhar espaço agora. Os canadenses do Unleash the Archers já tem dois álbuns e um EP independentes lançados, então não dá pra dizer que seriam uma nova revelação, mas acabaram de assinar contrato com a Napalm Records, uma das maiores gravadoras de metal do mundo, e estão trabalhando em um novo disco. Aproveito então para apresentá-los falando de seu full-lenght mais recente, “Demons of the Wasteland”, de 2011.

O grupo é outro da linha com vocais femininos. Um pouco próximos do estilo do Kobra and the Lotus, com a diferença de ser uma banda que une elementos de hard rock, power metal e death melódico. O grupo é liderado pela vocalista Brittney Slayes e pelo baterista Scott Buchanan, únicos membros da formação original.

“Demons of the Astrowaste” mostra uma banda que busca criar um tipo de metal épico, que abusa de levadas e riffs acelerados, vocais poderosos de Brittney misturados aos gritos guturais dos dois guitarristas em músicas melódicas e agressivas. Os refrões são cativantes e empolgam, dando o clima que um disco com a temática de guerras medievais misturada à ficção cientifica (meio pra fãs de RPG talvez) poderia pedir.

A formação atual do Unleash the Archers
Depois da faixa introdutória, a primeira música do disco é “Dawn of Ages”, um épico exemplo de power metal simples e direto. “Realm of Tomorrow” é o tipo de música cujo refrão levanta e faz a plateia querer erguer os punhos pro alto repetidamente, com uma cadencia rítmica empolgante. “General of the Dark Army” pode ser considerado um clássico imediato da banda, e principal composição do disco. “Daughters of Winterstone” é mais acelerada e incorpora mais o lado death melódico do grupo, chegando a lembrar um pouco The Agonist. “Battle In the Shadow (of the Mountain)” e “Despair” são outras faixas onde os vocais de Brittney se destacam, além de possuírem um andamento interessante. “The Outlander” é mais lenta, quase uma balada, que explode na mudança de faixa para a agitada “City of Iron”. “Fall of the Galactic Guard” é mais brutal, e tem os vocais guturais do guitarrista Brayden Dyczkowski como destaque (vale mencionar que ambos os guitarristas nesse álbum não estão mais com a banda).  O disco encerra com “Astral Annihilation”, outra bem death melódica, e a bem elaborada e power “Ripping Through Time”, que termina com um som de alguém q estaria acordando de um sonho maluco.

Esse disco é melhor do que o primeiro e agrada pela boa intercalação dos estilos que a banda propõe fazer. Não fica uma coisa cansativa pois a variação entre os estilos vocais e o andamento das canções acontecem no tempo certo, e tudo soa bem organizado. O que me faz pensar que agora que estão em uma ótima gravadora como a Napalm (na minha opinião uma das melhores, pois permite que as bandas mantenham sua liberdade de criação) sua sonoridade tenda a ser ainda melhor.


Nota: 9/10
Status: Épico e agressivo

Faixas:

1. 00:00:01
2. Dawn Of Ages
3. Realm Of Tomorrow
4. General Of The Dark Army
5. Daughters Of Winterstone
6. Battle In The Shadow (Of The Mountain)
7. Despair
8. The Outlander
9. City Of Iron
10. The Fall Of The Galactic Guard
11. Astral Annihilation
12. Ripping Through Time

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Bon Jovi – Keep The Faith: An Evening With Bon Jovi (1993):



Por Davi Pascale

Depois de um pequeno hiato o Bon Jovi retornava à ativa. Após 2 anos fora da mídia, os músicos retornaram com nova sonoridade e novo visual.  O público pôde conferir essas mudanças, em primeira mão, em um ótimo especial realizado para a MTV. Especial que, pouco tempo depois, foi lançado oficialmente em VHS e LD, mas permanece inédito em DVD.

No início dos anos 90, a cena grunge dominou o mercado. Já em 1991, o Nirvana lançou o cultuado Nevermind que, de cara, causou um estardalhaço na cena como há muito não se via. O público estava encantado com aquela nova sonoridade, aquela nova postura e a indústria começou a investir cada vez mais em grupos da cena de Seattle (o que já tinha começado a ocorrer em 1989 com o contrato do Soundgarden) e cada vez menos em representantes do hair metal. Esse é o motivo pelo qual os posers ficam chorando dizendo que o Nirvana acabou com o hard rock. Não culpo a explosão do grunge pelo fim do hard rock, mas a cena deu uma abalada. Muitas bandas hard tentaram copiar a sonoridade grunge ou até mesmo o U2 (sem sucesso), muitas acabaram. Uma das poucas que manteve a cabeça no lugar foram os rapazes de New Jersey. Os músicos demonstraram que era possível, sim, sobreviver à todo aquele fenômeno. Keep The Faith foi sucesso de público e crítica. Os músicos seguiram lotando estádios em uma turnê que trouxe, inclusive, o grupo pela segunda vez ao Brasil.

Naquela época, a MTV já dominava a indústria musical há tempos. Estar na programação da emissora era meio caminho andado para atingir o estrelato. A banda teve uma sacada. Lançar o disco em primeira mão em um especial para a MTV. Nesse especial, mostraram velhos hits, novas canções e até mesmo alguns covers. A formação ainda era a mesma: Jon Bon Jovi, Richie Sambora, David Bryan, Tico Torres e Alec John Such.

Show mistura versões elétricas com acústicas

O especial foi gravado em duas noites: 24 e 25 de Outubro de 1992. O disco não tinha ido para as lojas ainda. Seria lançado no mês seguinte, mesmo mês em que o especial iria para o ar. As gravações ocorreram no Kaufman´s Studio Astoria, localizado na região do Queens (Nova Iorque). Trata-se de um cultuado estúdio de cinema. Ali, foram filmados longa-metragens como Os Galhofeiros (irmãos Max), O Mágico de Oz, Hair e seriados como Vila Sesamo, Lei & Ordem e The Cosby Show. O local já havia sido palco para as gravações do acústico que a cantora Mariah Carey realizou alguns meses antes. Sete músicas apresentadas na ocasião ficaram de fora do vídeo: “You Give Love a Bad Name”, “I´ll Be There For You”, “Blood on Blood”, “Fields of Fire”, “Heartbreak Hotel”, “Good Lovin´” e “Baby What You Want Me To Do”. Essa última chegou a ser transmitida no especial de TV, mas ficou fora do vídeo oficial. As outras, somente quem esteve no local teve a chance de conferir.

A noite iniciou-se com “With a Little Help From My Friends” (Beatles). Logo de cara, era notável a evolução dos músicos. Especialmente do cantor Jon Bon Jovi que atingia com facilidade as notas altas e demonstrava uma confiança fora do comum. A canção ganhou novo arranjo, inspirado na clássica versão de Joe Cocker. Na sequência, duas canções de New Jersey: o lado B “Love for Sale” e o clássico “Lay Your Hands on Me”.

Jon Bon Jovi estava simpático e ótima forma vocal

Gravado em local pequeno e trazendo os músicos sentados na maior parte do tempo, a apresentação ganha um ar intimista diferente daquele que estamos acostumados a ver o grupo realizar em estádios e arenas. Os rapazes estavam à vontade no palco. Rolava brincadeira entre eles, brincadeiras com o público. Jon contava algumas histórias e compartilhava alguns de seus pensamentos na hora de apresentar as canções.

Se atualmente, “I´ll Sleep When I´m Dead” gera um enorme coro com o público cantando os gritinhos e os refrões, nessa época ninguém sabia do que se tratava. A canção foi apresentada em um arranjo bem próximo ao disco. Uma que foi apresentada aqui e gostaria de escutar mais vezes é o rock “A Little Bit of Soul”. Os arranjos misturavam interpretações elétricas com acústicas. “Bad Medicine”, por exemplo, foi apresentada na sua forma tradicional com guitarras falando alto. Assim como no medley com covers do The Animals. Já o rockão "Lay Your Hands On Me" ganhou uma versão com violões. 

Infelizmente, esse show ainda não foi lançado em DVD e Blu-ray. Portanto, quem quiser conferir terá que recorrer ao velho VHS ou então correr atrás de algum DVD-R ou download. Certeza que aqueles que se aventurarem irão se divertir. Apresentação muito mais bacana e contagiante do que a do DVD acústico This Left Feels Right Live. Vale a pena!

Nota: 10/10
Status: Extremamente profissional

Faixas:
      01)   With a Little Help From My Friends (Beatles)
      02)   Love For Sale
      03)   Lay Your Hands On Me
      04)   Blaze of Glory
      05)   Little Bit Of Soul
      06)   Brother Louie (Hot Chocolate)
      07)   Bed Of Roses
      08)   Livin´ on a Prayer  
      09)   Fever (Little Willie John. Também regravada por Elvis Presley e Madonna)
      10)   It´s My Life (Animals)
      11)   We´ve Gotta Get Out Of This Place (Animals)
      12)   Wanted Dead Or Alive
      13)   I´ll Sleep When I´m Dead
      14)   Bad Medicine
      15)   Keep The Faith