segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Disturbed - Immortalized (2015)

Por Rafael Menegueti

Disturbed - Immortalized
Foi uma surpresa para os fãs quando no ano passado, de repente, o Disturbed anunciou que estava pra lançar disco novo. Após saírem dos holofotes em 2011, muita gente achou que a banda tivesse até encerrado as atividades. Quando ninguém esperava a banda soltou a bomba. Não só estava de volta à ativa, quanto já tinha um disco novo pronto, o sexto da carreira. Immortalized foi lançado em agosto do ano passado, cinco anos depois do quinto trabalho da banda.

O grupo de Chicago é sem duvida um dos melhores nomes do heavy metal moderno. A banda já tem mais de 20 anos de estrada, mas foi apenas na última década que eles começaram a chamar a atenção e lançaram seus discos. O grupo nem sempre é tão bem recebido pela crítica e público, dividindo opiniões, mais talvez por sua tendência a não se ater a um estilo definido no metal. Hard rock, nu metal, metal alternativo ou tudo isso junto, é basicamente assim que a banda acaba sendo descrita.

O fato é que o quarteto não precisa se explicar quanto a sua originalidade. A proposta da banda nesse novo álbum continua direta e moderna. O grupo sabe como poucos combinar riffs maciços e refrães empolgantes. As levadas são sempre alucinantes e pra cima. E nesse álbum a banda ainda conseguiu colocar um certo fator surpresa.

O Disturbed não lançava material novo desde 2010
O que não é surpresa é a potencia dos vocais de David Draiman, que combina com toda essa energia das composições do grupo. Ela já fica latente nas faixas iniciais do disco, como o ótimo single Immortalized, que deu nome ao disco, The Vengeful One e na faixa Open Your Eyes. Em The Light a banda mostra um pouco mais de sua versatilidade com o uso de mais sintetizadores em uma faixa bem atual. Outras composição bem interessantes são You’re Mine, com um refrão bem explosivo, e Fire It Up.

Outro grande destaque do disco fica com a excelente cover de The Sound of Silence, originalmente lançada pela dupla folk norte-americana Simon & Garfunkel. A faixa ganhou um ar ainda mais sombrio mas incrivelmente belo na versão feita pelo Disturbed. Pra fechar, outras duas boas músicas. Never Wrong tem um ritmo mais característico do nu metal, enquanto Who Taught You To Hate tem um riff e pegada mais clássicos, ainda dento do que a sonoridade do Disturbed oferece.

Com Immortalized a banda chegou a uma grande marca: quatro álbuns de estúdio consecutivos a entrar direto no primeiro lugar da parada Billboard 200. No rock, apenas o Metallica e a Dave Matthews Band conseguiram esse feito. O que comprova a eficiência do grupo quando o assunto é entregar trabalhos expressivos e competentes. Se isso não é o suficiente pra esses caras serem incrivelmente respeitados no estilo, eu não sei o que é.


Nota: 8,5/10
Status: potente

Faixas:
01. The Eye Of The Storm
02. Immortalized
03. The Vengeful One
04. Open Your Eyes
05. The Light
06. What Are You Waiting For?
07. You're Mine
08. Who
09. Save Our Last Goodbye
10. Fire It Up
11. The Sound Of Silence (Simon And Garfunkel cover)
12. Never Wrong
13. Who Taught You How To Hate

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Tributo à George Harrison – Sesc Santo André (27/02/2016):



Por Davi Pascale
Fotos: Davi Pascale

Na última quinta-feira, George Harrison, caso estivesse vivo, completaria 73 anos. Quem compareceu ontem ao Sesc Santo André pôde celebrar a data e relembrar um pouco da trajetória do beatle em um show bem bacana.

Toda vez que se fala em Beatles, os primeiros nomes que vêm à mente certamente são de John Lennon e Paul McCartney, mas isso não significa que os demais músicos não tenham importância ou não sejam talentosos. Muito pelo contrário. Ringo Starr ajudou a definir o som do quarteto de Liverpool com sua bateria simples, porém precisa e criativa. George Harrison, idem. Sua guitarra é uma marca dentro da sonoridade do quarteto, além de ter composto bastante música forte, principalmente na fase final do grupo.

O show desse fim-de-semana foi liderado pelo guitarrista Zé Antônio Algodoal. Talvez os mais jovens não saibam de quem se trata. Quem viveu a cena alternativa dos anos 90, contudo, está mais do que acostumado com seu nome. O rapaz liderou um dos principais grupos da época, o cultuado Pin Ups. São considerados um dos pioneiros da cena indie brasileira, ao lado do Killing Chainsaw e do Second Come. Para completar o time, vieram: Charly Coombes (teclado), Rodrigo Brandão (guitarra), Alf (baixo), Rogerio Bastos (bateria), Fabio Tagliaferri (violino), Ana Chamorro (Cello), Danillo Moraes (violão/voz) e Bianca Jhordão (voz).

Com casa cheia, os músicos fizeram um show bem animado e profissional. A banda estava redondíssima, som bem equalizado, vocal certinho. Como já é comum nos shows ocorridos no teatro do Sesc, não havia uma produção monstra. Toda a atenção era em cima dos músicos mesmo. E, claro, uma atenção ainda maior em cima de Zé Antônio, responsável pela guitarra solo. Afinal, era um show em homenagem ao George. E, sim, o rapaz se saiu muito bem. Com inúmeras trocas de instrumento, tocou com segurança e não deixou de explorar o famoso slide.

Bianca Jhordão no show do último sábado

O trabalho vocal foi dividido entre Danillo Moraes, Charly Coombes, Rodrigo Brandão (Leela) e Bianca Jhordão (Leela). Todos se saíram bem, mas quem tem melhor presença de palco é realmente a Bianca. Mais solta, mais comunicativa.

O repertório misturou canções dos Beatles, de sua carreira-solo e até mesmo do Traveling Wilburys. Não faltaram clássicos como “While My Guitar Gently Weeps”, “I Me Mine”, “I Want To Tell You”, “Something”, “Handle With Care”, “All Things Must Pass”, “Isn´t a Pitty”, “Give Me Love (Give Me Peace On Earth)” e “Taxman”. As músicas dos Beatles, em sua maioria, não eram muito longas, portanto, o show foi rapidinho. Menos de uma hora e meia.

Na plateia, misturavam-se gente de diferentes gerações. Crianças, adolescentes e pessoas que curtiram a explosão dos Beatles. A prova de que o trabalho dos Beatles não tem prazo. Aqueles que compareceram, curtiram (e muito) o show. Gritavam para os rapazes no palco, cantavam, aplaudiam. Os músicos avisaram que emendariam o bis (“Wah-Wah”), mas o público não deixou irem embora sem retornarem para mais uma música. Por conta disso, a noite terminou com o grupo repetindo “Here Comes The Sun”. Dessa vez, com todos os músicos em cima do palco, interpretando quase em um clima de festa.

Talvez alguns estranhem um evento para comemorar 73 anos de George (estamos acostumados com comemorações em datas de 5 em 5 ou de 10 em 10 anos). Mas a real é que a boa música deveria ser celebrada sempre. Portanto, o show é mais do quem bem-vindo. Caso realizem mais alguma apresentação, não deixem de conferir. Noite divertidíssima.

sábado, 27 de fevereiro de 2016

Notícias do Rock (pra não ficar por fora)

Por Rafael Menegueti

Corey Taylor diz que pode se afastar do Slipknot um dia

Corey com sua máscara do Slipknot
O sempre polemico vocalista do Slipknot, Corey Taylor, deu uma declaração que deixou os seus fãs um tanto assustados. O músico afirmou em entrevista à BBC Radio 1 que pode se afastar do Slipknot um dia. Segundo ele, por conta da energia e da música como ela é, ele não sabe se conseguiria fazer isso aos 50 anos. Muita gente interpretou isso como o inicio de uma contagem regressiva, o que o próprio músico fez questão de desmentir em seu twitter. “ouçam/leiam entrevistas dentro do contexto, e não fora dele. Eu falo de dar um tempo. Não estou deixando o Slipknot”, postou o cantor.

Mike Orlando assume guitarra do Noturnall

O guitarrista Mike Orlando
Os fãs da banda de metal paulista Noturnall ficaram surpresos com a notícia nessa semana de que o guitarrista Leo Mancini será substituído pelo guitarrista norte-americano Mike Orlando, conhecido por seu trabalho com o Adrenaline Mob. Leo deixou a banda para focar em seu projeto solo, como fez questão de frisar em um vídeo. Mike, que já havia se apresentado com a banda como convidado no último Rock In Rio, chamou a banda para participar da gravação do DVD de seu projeto Sonic Stomp, durante o Axes and Anchors Cruise.

Symphony X deve passar pelo Brasil em maio

Symphony X: de volta ao Brasil
A banda de metal progressivo Symphony X fará uma turnê pela América do Sul em maio. O quinteto já confirmou um show na cidade de Santiago, no Chile, e são esperadas as confirmações de pelo menos 3 shows no Brasil no mesmo mês, com locais e datas ainda indefinidos. O grupo está promovendo a turnê de seu mais recente disco, Underworld, lançado no ano passado.

Guitarrista Paula Carregosa deixa banda de Detonator

A guitarrista Paula Carregosa
A guitarrista Paula Carregosa não é mais membro da banda Detonator e As Musas do Metal. A musicista anunciou sua saída em uma nota oficial em sua pagina no facebook na semana passada, afirmando ter sido desligada da banda por motivos não esclarecidos. Bruno Sutter, vocalista que vive o personagem Detonator, postou um vídeo em sua página oficial desejando sucesso a guitarrista em seus novos projetos, mas rebatendo que os motivos não teriam sido informados. Ele afirmou que a decisão da saída de Paula se deu por diferenças profissionais entre eles, mas garantiu que não houve briga.

Integrantes de Alice In Chains, Mastodon e Mars Volta montam supergrupo

Já que supergrupos estão mesmo na moda, aqui vai mais um. O Giraffe Tongue Orchestra (o nome é estranho, eu sei) é uma banda nova formada por Willian DuVall (Alice In Chains), Ben Weinman (The Dillinger Escape Plan), Brent Hinds (Mastodon), Pete Griffin (Dethklok) e Thomas Pridgen (ex-Mars Volta). A banda já está trabalhando em um disco há aproximadamente um ano, mas ainda não há previsão de lançamento. A cantora e atriz Juliette Lewis irá fazer participação especial no trabalho.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Arch Enemy – War Eternal Tour: Tokyo Sacrifice (DVD/Blu-Ray – 2016)

Por Rafael Menegueti

Arch Enemy – War Eternal Tour: Tokyo Sacrifice
O Japão é sem duvidas um dos lugares com os fãs de metal mais apaixonados. Não é a toa que inúmeras bandas fazem questão de gravar material ao vivo por lá. No caso do Arch Enemy, essa é a segunda vez que isso acontece. No entanto, dessa vez, além da gravação, o lançamento desse novo DVD ao vivo ficou restrito por lá. Isso mesmo, War Eternal Tour: Tokyo Sacrifice é um lançamento exclusivo para o mercado japonês. E claro que os fãs de outras partes do mundo ficaram querendo também. Bem, nos resta a opção de importar.

Deixando de lado a opção mercadológica, o fato é que a conexão do Arch Enemy com a terra do sol nascente é grande. A banda está sempre marcando seu território por lá, e como já disse, já havia lançado um CD/DVD ao vivo gravado no país (Tyrants of the Rising Sun, de 2008), quando Angela Gossow ainda era a vocalista. Dessa vez, a banda aproveita para mostrar seu primeiro registro ao vivo oficial com a Alissa White-Gluz nos vocais.

Um novo DVD era uma questão recorrente a respeito da banda. O grupo estava com um lançamento do tipo gravado e em fase final de produção quando Angela Gossow anunciou sua saída da banda, o que fez o grupo abandonar o projeto. Por isso um lançamento do tipo era bastante aguardado pelos fãs. O show foi gravado no dia 3 de março do ano passado, em uma casa de shows de Tokyo, e assim como nos outros DVDs que a banda já lançou, registra um show comum da turnê, sem grandes produções ou surpresas.

Banda mostra seu primeiro registro ao vivo com novos integrantes
O grande foco aqui fica com a performance do grupo. O Arch Enemy no palco é o tipo de banda que parece pronta para a guerra.  Com figurinos ao estilo “guerrilheiros”, totalmente em preto, com exceção de Alissa, vestida de branco para dar contraste, e diversas bandeiras com o símbolo da banda ornando o palco, a banda parece fazer musica para provocar uma revolução (mesmo que a temática do grupo não seja exatamente política). Enquanto os riffs de guitarra das músicas parecem querer virar hinos, Alissa White-Gluz impõe sua presença de palco com maestria. Ela ainda sofre resistência dos fãs de Angela, sempre sofrerá, mas ninguém pode negar que ela segura esse rojão muito bem.

Com muito peso e a típica empolgação que a banda demonstra em seus shows, o grupo destila um repertório que se mostrou habitual nessa turnê. O Foco é nos principais hits antigos e faixas essenciais de seu mais recente álbum, War Eternal (2014). Algumas músicas conseguem elevar muito os ânimos, criando picos de empolgação e se destacando dentro do setlist. São casos de faixas como War Eternal, Ravenous, My Apocalypse, Dead Eyes See No Future, No Gods, No Masters, We Will Rise e Nemesis. Outros pontos fortes ficam pela interação dos guitarristas Michael Amott e Jeff Loomis, que também aparece pela primeira vez em registro ao vivo com a banda, além da incrível precisão do baterista Daniel Erlandsson.

Nesse DVD/Blu-ray os fãs do Arch Enemy terão exatamente aquilo que a banda sempre entrega ao vivo. Uma apresentação épica, furiosa e cheia dos grandes elementos que formam o death metal melódico e alucinante do grupo. Como extras, ainda estão inseridos os videoclipes lançados para faixas de War Eternal. Se você é fã do quinteto sueco, não tenha dúvidas de que esse é um registro que vale a pena ir atrás, mesmo que seja do outro lado do mundo.


Nota: 9,5/10
Status: Alucinante

Faixas:
01. Tempore Nihil Sanat (Prelude in F minor)
02. Never Forgive, Never Forget
03. War Eternal
04. Bury Me an Angel
05. Stolen Life
06. Ravenous
07. Taking Back My Soul
08. My Apocalypse
09. You Will Know My Name
10. Bloodstained Cross
11. Burning Angel
12. As the Pages Burn
13. Dead Eyes See No Future
14. The Day You Died
15. No More Regrets
16. No Gods, No Masters
17. We Will Rise
18. Silverwing
19. Snowbound
20. Nemesis
21. Fields of Desolation / Outro

Bonus:

01. War Eternal (Video Clip)
02. No More Regrets (Video Clip)
03. You Will Know My Name (Video Clip)
04. Stolen Life (Video Clip)
05. Stolen Life (Alternative Edition) (Video Clip)

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Danzig – Skeletons (2015):


Por Davi Pascale

Glenn Danzig continua na ativa. O músico lançou recentemente um álbum de covers, ao lado de sua famosa banda, interpretando algumas versões de músicas dos anos 60 e 70. O resultado, infelizmente, é decepcionante.

Não me levem à mal. Gosto muito do trabalho do Danzig. Especialmente de seus 4 primeiros discos, mas por mais que a ideia seja interessante, o resultado final deixa a desejar. Essa não é a primeira vez que o grupo se aventura em recriar uma musica. No seu EP de 1993, o (ótimo) Thrall: Demonsweatlive, haviam feito uma ótima versão para o clássico “Trouble” de Elvis Presley. Essa é a primeira vez, contudo, que resolvem fazer um álbum todo desse jeito.

Minha primeira decepção foi com a qualidade de gravação do disco. Assim como seu antecessor, o (razoável) Deth Red Sabaoth, o álbum conta com uma sonoridade abafada, sem brilho. Sim, comprei o disco original. Não ouvi pela internet. Até peguei a capa para ver por qual selo havia sido lançado. Tinha certeza que era um bootleg, mas não era. Porra, Glenn, você tem um passado brilhante. Acorda!

Outro problema do álbum. Parece que o músico está com síndrome de Yngwie Malmsteen. Quer gravar tudo sozinho. Ele é um puta cantor, sempre gravou guitarra e teclado, mas não é um puta baixista, um puta baterista e não se faz necessária a situação. O rapaz sempre trabalhou com músicos competentes e tem uma ótima banda que os acompanha nos shows e gravou álbuns antes desse. Para que isso agora? Os 2 últimos álbuns foram assim, contando com pouquíssimas participações dos demais músicos, e estão entre os mais fracos da carreira. Pelo menos, o trabalho vocal continua muito bom. Aparentemente, está com a voz intacta.

Repertório é trilha sonora da vida do cantor

A seleção de músicas é muito boa. São músicas que ajudaram a moldar a personalidade de Glenn Danzig. Que fizeram parte de sua juventude. Os artistas originais são excelentes. Não são a cara da banda, mas o rapaz deu um jeito nisso. Todos os arranjos foram alterados, ganharam uma cara dele, um ar mais sombrio. Teve a preocupação de manter a linha vocal da maioria das canções, mas o instrumental está bem diferente em todo o disco. Nesse caso, não tinha como ser de outro jeito, já que são de universos tão distintos. Para se ter uma ideia, o rapaz gravou ZZ Top, Everly Brothers, Elvis Presley, The Troggs…

“Devils Angels” ganhou uma roupagem crua, direta, meio punk. Nos remete aos seus tempos de Misfits. “With a Girl Like You” dos Troggs também está meio nesse espírito.  “Action Woman” também ganhou uma roupagem mais direta, nos remete mais aos anos iniciais do Danzig. Uma que achei interessante foi “Rough Boy” do ZZ Top. A música que vem da fase pop do trio ganhou um arranjo mais arrastado, pesado e ficou bacaninha.

“N.I.B.” e “Lord Of The Thighs” - do Black Sabbath e Aerosmith, respectivamente – não foram boas escolhas. São músicas que não combinam com seu timbre de voz. Outra que achei curiosa foi a versão de “Let Yourself Go” de Elvis Presley. 

A ideia do disco não é ruim. O rapaz ainda tem uma bela voz. Mas se tivesse feito um trabalho em conjunto, os arranjos poderiam crescer mais. Falta uma bateria mais trabalhada, um baixo mais impactante. Também seria legal buscar um modo de voltar a gravar de maneira mais definida. Quando resolver fazer isso, teremos o velho Danzig de volta sem deixar pedra sobre pedra. Até lá, só nos resta sonhar...

Nota: 4,0 / 10,0
Status: Fraco

Faixas:
      01)   Devils Angels
      02)   Satan (From “Satans Sadists”)
      03)   Let Yourself Go
      04)   N.I.B.
      05)   Lord Of The Thighs
      06)   Action Woman
      07)   Rough Boy
      08)   With a Girl Like You
      09)   Find Somebody  
      10)   Crying In The Rain

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Elvis Presley – If I Can Dream (2015):



Por Davi Pascale

Disco que traz novas versões das canções de Elvis Presley chegou às lojas no final do ano passado. O resultado é emocionante.

Quem diria que em 2015 teríamos um novo álbum do Elvis Presley chegando às lojas? Pois é, isso só é possível graças à tecnologia. E, claro, ao talento e versatilidade do eterno rei do rock. Sim, versatilidade. Embora seja lembrado, merecidamente, como um dos precursores do rock n roll, o músico nunca se fechou em uma bolha. Dentro de sua extensa discografia, encontramos Elvis cantando baladas, country, blues, música gospel... Me pergunto para que caminho teria ido se estivesse vivo hoje.

A ideia não é tão nova assim. Pegaram uma banda, mexeram nos arranjos, regravaram o instrumental. Isolaram a voz do cantor e misturaram às novas gravações. Temos aqui, Elvis Aaron Presley cantando com a tecnologia dos anos 2000. O resultado é magistral. E pior é que o projeto tem a ver. Elvis adorava esse lance de orquestrações e sua voz casa bem com a proposta. Pode não ser a primeira vez que se utilizam da tecnologia para criarem novas releituras, mas foram poucas as vezes onde o resultado final foi tão positivo.

If I Can Dream é um discaço, mas é recomendado somente para aqueles que conseguem admirar a carreira do rei além dos rocks que gravou nos anos 50. É recomendado, principalmente, à quem curte seu trabalho nos anos 70. A participação da Royal Philharmonic Orchestra trouxe uma nova visão à seus velhos clássicos. Os arranjos não foram descaracterizados, mas foram encorpados. “Elvis nunca estava satisfeito com suas gravações. Se pudesse, tornaria o som mais cheio, adicionaria mais instrumentos”, declara Priscilla Presley, esposa do cantor, no encarte do disco.

Novo álbum emociona ouvinte

Não se trata exatamente de um álbum de rock n roll. As músicas privilegiadas não foram as mais roqueiras. Pelo contrário, a maioria do tracklist é de canções românticas. E a orquestra não age como um complemento. Pelo contrário, é o grande destaque ao lado da voz de Elvis. Das mais agitadas, apenas 2 canções dão as caras por aqui: a sempre alegre “Burning Love”, uma das melhores do disco, e “Steamroller Blues”.

A nova introdução de “Fever” ficou lindíssima, assim como a de “Bridge Over Troubled Water”. Os clássicos “Love Me Tender” e “It´s Now or Never” ganharam uma roupagem ainda mais delicada. “Can´t Help Falling In Love” é outro grande destaque do disco. Canções como “In The Ghetto”, “An American Trilogy” e “If I Can Dream”, tiveram boa parte dos arranjos reproduzido de maneira fiel. A única coisa que me questiono é se havia mesmo a necessidade de forjar um dueto de Elvis Presley com Michael Buble. Não que o rapaz tenha estragado a música, mas...

O trabalho de Elvis é eterno. E o novo álbum reforça essa ideia. 38 anos depois de sua morte, o rapaz continua contemporâneo. Recomendadíssimo!

Nota: 9,0/10,0
Status: Emocionante

Faixas:  
01) Burning Love
      02)   It´s Now or Never
      03)   Love Me Tender
      04)   Fever (c/ Michael Buble)
      05)   Bridge Over Troubled Water
      06)   And The Grass Won´t Pay No Mind
      07)   You´ve Lost That Lovin´ Feelin´
      08)   There´s Always Me
      09)   Can´t Help Falling In Love
      10)   In The Ghetto
      11)   How Great Thou Art
      12)   Steamroller Blues
      13)   An American Trilogy
14)   If I Can Dream

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Delain – Lunar Prelude EP (2016)

Por Rafael Menegueti

Delain - Lunar Prelude EP
2016 promete ser um grande ano para o Delain. A banda holandesa de metal sinfônico acaba de iniciar mais uma turnê norte-americana ao lado de Nightwish e Sonata Arctica, está preparando o seu quinto álbum de estúdio e ainda adicionou uma nova integrante para incrementar ainda mais o som. Para abrir caminho para o que virá, a banda lança o EP Lunar Prelude, que reúne algumas boas surpresas aos fãs.

Nesse EP a banda apresenta duas músicas inéditas, uma regravação, quatro faixas ao vivo e uma versão orquestral. Algo semelhante ao que foi feito em Interlude (2013), ou no CD bônus da versão deluxe de The Human Contradiction (2014). Tendo em vista que a banda já vinha preparando material novo há um tempo, era natural esperar que algum lançamento do tipo pudesse surgir enquanto o novo disco não chega.

O EP é inaugurado com duas faixas inéditas. Primeiro Suckerpunch, que dá a mostra da energia e melodia cativantes que a banda sempre emprega em suas músicas. Já é notório como a adição da guitarrista Merel Bechtold fez bem ao peso da banda, e como essa composição mostra um avanço maior na direção músical independente e única que a banda vem buscando em seus últimos lançamentos. Enquanto a primeira é mais enérgica, Turn The Lights Out é mais cadenciada. Mesmo não sendo exatamente uma balada, ela tem um ar mais de trilha pra músical, e uma melodia encantadora. Os vocais de Charlotte Wessels continuam hipnóticos e soando como massagem para os ouvidos, ao mesmo tempo que a bateria, agora a cargo de Ruben Israel, e as guitarras oferecem um peso que mantém a devida proporção entre metal e o “pop” das melodias.

Delain com a nova formação
Falando em melodia pop, a faixa Don’t Let Go, que apareceu originalmente como bônus em The Human Contradiction, reaparece em uma versão mais pesada, com mais ênfase nas guitarras, mas mantendo a levada animada da original. Em seguida o EP apresenta quatro versões ao vivo, todas do disco mais recente. Lullaby, que só passou a ser executada ao vivo mais recentemente, abre a sequencia e mantem-se próxima da versão de estúdio. Stardust, vem em seguida, na mesma levada. Here Come The Vultures é uma de minhas favoritas, mas sofre um problema. A faixa que abre o mais recente álbum da banda tem sua introdução retirada nas versões ao vivo, o que pra mim tira um pouco do brilho de uma das melhores canções do grupo. Army of Dolls encerra a sequência provando como a banda consegue manter um excelente nível em suas performances ao vivo.

O EP se encerra com uma faixa que é basicamente a extração dos arranjos sinfônicos de Suckerpunch, algo muito próprio para agradar fãs desse gênero no metal. Se Lunar Prelude, como o nome sugere, serve como um preludio pro que virá daqui pra frente, os fãs da banda podem ficar tranquilos. O Delain deve continuar com sua proposta diferenciada no estilo, ótimas composições e cada vez mais discos bem elaborados e empolgantes.


Nota: 9/10
Status: pra deixar ansioso

Faixas:
01. Suckerpunch
02. Turn The Lights Out
03. Don't Let Go
04. Lullaby (Live 2015)
05. Stardust (Live 2015)
06. Here Come The Vultures (Live 2015)
07. Army Of Dolls (Live 2015)
08. Suckerpunch Orchestra

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Beatles – 1 (2015):



Por Davi Pascale

Finalmente chega ao mercado um DVD com os clipes dos Beatles. Lançamento conta com ótima qualidade de imagem e foi lançado no Brasil em diferentes formatos (CD, CD+DVD, CD+2DVD, Blu-ray). Essencial!

Em 2000, trinta anos após os Beatles lançarem o seu último álbum (o polêmico Let It Be), chegava ao mercado uma nova coletânea dos 4 rapazes mais famosos de Liverpool, intitulada apenas 1. Como o nome entregava, tratava-se das canções que chegaram ao primeiro lugar das paradas. No final de 2015, o disco retornou às lojas acompanhado de um tão esperado DVD.

Sim, os fãs de carteirinha já conhecem o material daqui e, muito possivelmente, já possuem através de compilações piratas. Isso, contudo, não desmerece o material. Pelo contrário, finalmente poderemos ver aqueles famosos clipes com a qualidade de gravação que sempre sonhamos. Alguns desses clipes eram possíveis serem encontrados com boa qualidade de gravação, já outros...

Mesmo quem não é beatlemaníaco conhece, ao menos, uma parte do que está aqui. Alguns clipes entraram no Anthology, muitos outros foram exibidos em especiais de TV no decorrer dos anos. Não é possível que alguém que se intitule fã de Beatles nunca tenha assistido ao clip de “I Feel Fine” com o Ringo correndo na bicicletinha, de “Help” com Ringo Starr (sem dúvidas, o beatle mais brincalhão) segurando o guarda-chuva ou dos rapazes tocando “Don´t Let Me Down” no topo do edifício.

Nos anos 60, a ideia de clipe não era algo tão corriqueiro. O formato começou a ser mais trabalhado nos anos 70, quando os grupos começaram a explorar mais a questão visual e atingiu o ápice de popularidade nos anos 80 com a chegada da MTV. Não existia, até então, aquela enorme necessidade de se ter um vídeo à toda custa para divulgar um disco. Portanto, não estranhe em se deparar com canções ao vivo aqui. Algumas vezes extraídas de programas de TV, inclusive. Ou de imagens extraídas dos longa-metragens do grupo. Caso de “Eleanor Rigby”, extraído da animação Yellow Submarine.

DVD traz compilação de clipes

O primeiro DVD segue exatamente o setlist da coletânea. Algumas músicas não possuíam promos, portanto foram criados alguns para o projeto. Caso de “Eight Days a Week”, com imagens criadas a partir do histórico concerto no Shea Stadium. Curiosamente, eles não tocaram essa música no show. Outros, são os clipes clássicos, como é o caso de “Penny Lane” ou “The Ballad of John and Yoko”.

O segundo é um complemento desse material. Ou seja, versões alternativas dos clipes oficiais e mais apresentações em programas de TV. Foram incluídos também os clipes criados para divulgarem os discos póstumos dos Beatles. Bacana! Outro atrativo muito interessante é o livro que acompanha o pacote, onde é comentado faixa-a-faixa. O CD é a exatamente a mesma coletânea que havia sido lançada em 2000. 

Infelizmente, não estão aqui todos os vídeos do grupo. Alguns ficaram de fora como o clipe de “This Boy” filmado no mesmo cenário de “I Wanna Hold Your Hand”. Também não se fazem presentes os clipes de “Help” na versão do filme (com os dardos) ou o clipe de “Revolution” (a versão do disco 2 não é a oficial). “Rain” e “Paperback Writer” também existem mais algumas versões, além das apresentadas. Uma que gostaria de ter visto no pacote e acabou não entrando é o vídeo de “Some Other Guy” gravado no Cavern Club.

Como podem ver, há material de sobra para um segundo volume. Mesmo assim, o vídeo é essencial na coleção de qualquer fã que se preze. Sem dúvidas, o melhor lançamento em vídeo desde a série Anthology. Agora é esperar o lançamento oficial do polêmico filme Let It Be. Promessas e boatos não faltam...

Nota: 10,0 / 10,0
Status: Essencial

Faixas
DVD 1/CD:
      01)   Love Me Do
      02)   From Me To You
      03)   She Love You
      04)   I Want to Hold Your Hand
      05)   Can´t Buy Me Love
      06)   A Hard Day´s Night
      07)   I Feel Fine
      08)   Eight Days a Week
      09)   Ticket to Ride
      10)   Help!
      11)   Yesterday
      12)   Day Tripper
      13)   We Can Work It Out
      14)   Paperback Writer
      15)   Yellow Submarine
      16)   Eleanor Rigby
      17)   Penny Lane
      18)   All You Need Is Love
      19)   Hello, Goodbye
      20)   Lady Madona
      21)   Hey Jude
      22)   Get Back
      23)   The Ballad of John & Yoko
      24)   Something
      25)   Come Together
      26)   Let It Be
      27)   The Long And Winding Road

DVD 2:
      01)   Twist and Shout
      02)   Baby It´s You
      03)   Words of Love
      04)   Please Please Me
      05)   I Feel Fine
      06)   Day Tripper
      07)   Day Tripper
      08)   We Can Work It Out
      09)   Paperback Writer
      10)   Rain
      11)   Rain
      12)   Strawberry Fields Forever
      13)   Within You Without You / Tomorrow Never Knows
      14)   A Day In The Life
      15)   Hello, Goodbye
      16)   Hello, Goodbye
      17)   Hey Bulldog
      18)   Hey Jude
      19)   Revolution
      20)   Get Back
      21)   Don´t Let Me Down
      22)   Free As a Bird 
      23)   Real Love

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Discografia Comentada: Sonata Arctica

Por Rafael Menegueti

Sonata Arctica: Novo álbum em breve
Recentemente houve a confirmação oficial de que os finlandeses do Sonata Arctica estão trabalhando em um novo álbum. O lançamento do que deve ser o nono trabalho de estúdio da banda deve ocorrer em algum momento no segundo semestre, mas para aquecer e aguentar a espera, irei comentar a discografia dos caras no post de hoje.

Por conta da extensa lista de lançamentos que a banda possui, deixarei de lado EPs, álbuns ao vivo, coletâneas e afins. Mas, apenas pra deixar registrado, a banda lançou três EPs (Sucessor, Orientaton e Takatalvi), três álbuns ao vivo, sendo dois deles em CD e DVD (For the Sake of Revenge e Live In Finland), e um apenas em CD (Songs of Silence – Live In Tokyo). A banda também lançou duas coletâneas oficiais (The End of This Chapter e The Collection) e uma regravação do álbum de estreia, Ecliptica.

Ecliptica (1999)


O álbum de estreia da banda foi lançado em 1999, e nele a banda ainda era um quarteto. Tony Kakko acumulava as funções de vocalista e tecladista, e suas composições tinham uma proposta bem direta. Estruturas típicas do power metal e sem enrolações, Ecliptica segue sendo um dos álbuns favoritos de muitos fãs, pois possui algumas das faixas mais marcantes da banda. Este foi o único álbum com o baixista Janne Kivilahti. Destaques: Fullmoon, Replica, Letter to Dana.


Silence (2001)


O sucesso que a banda teve em seu disco de estreia se repetiu com Silence. A banda dessa vez procurou trazer novos elementos às canções. Entre faixas com andamento mais suave e outras mais velozes e pesadas, o disco agradou pelas temáticas das letras e por mostrar uma banda mais empenhada em fazer um som único dentro de seu estilo. Foi o primeiro álbum com Marko Paasikoski no baixo (ele chegou a ser um segundo guitarrista bem no início da banda) e o único com o tecladista Mikko Härkin. Destaques: Black Sheep, Sing In Silence, Tallulah e Wolf & Raven.


Winterheart’s Guild (2003)


Em seu terceiro disco, a banda deu mais ênfase a velocidade e peso. Winterheart’s Guild é um pouco mais melódico que seus antecessores, e investe bastante em refrães cativantes e memoráveis. Nesse disco é possível notar muita evolução na capacidade da banda em criar riffs e também nos solos de guitarra de Jani Liimatainen, cada vez mais bem elaborados. Algumas músicas também mostram elementos progressivos bem melhores do que em tentativas anteriores. O tecladista Jens Johansson (Stratovarius, Cain’s Offering) contribuiu com os solos de teclado de algumas das faixas. Tony Kakko voltou a ficar encarregado dos teclados no resto. Destaques: The Cage, Gravenimage, Broken, Victoria’s Secret.


Reckoning Night (2004)


Pouco mais de um ano e meio depois, o grupo lançou Reckoning Night, seu quarto disco. Nele, a banda deu ainda mais asas a sua criatividade, explorando elementos cada vez mais progressivos e letras muito envolventes. Nesse disco, as guitarras de Jani estão mais agressivas e as músicas ainda mais atmosféricas. Esse disco traz algumas das melhores composições da banda e ainda mostra uma abertura maior nas influências que o Sonata usa em sua sonoridade. Nesse disco o tecladista Henrik Klingenberg faz sua estreia com a banda em estúdio. Destaques: Don’t Say A Word, Wildfire e White Pearl, Black Oceans…


Unia (2007)


Esse é talvez o disco mais controverso da banda. Ele divide opiniões entre os fãs de maneira extrema. Há quem ame o disco, há quem odeie. O fato é que Unia é o disco onde a banda teve uma abordagem mais experimental, e fugiu um pouco das estruturas que eram características da banda. Isso não agradou os fãs mais antigos, que preferiam a velha formula power metal habitual. Pois bem, a banda mudaria ainda mais dali pra frente. O maior marco desse disco talvez seja o fato de ser o último com o guitarrista original Jani Liimatainen. Destaques: In Black and White, Paid In Full, It Won’t Fade, Caleb, The Vice.


The Days of Grays (2009)


A grande mudança que The Days of Grays traria não ficou apenas na entrada do guitarrista Elias Viljanen. O disco também trouxe pela primeira vez arranjos sinfônicos nas músicas do Sonata Arctica, e a banda abraçou de vez o aspecto progressivo em suas composições. Cada vez mais melódico e apostando uma sonoridade cada vez mais radiofônica, esse disco comprova que a banda buscou evoluir e se distanciar da estrutura convencional que o power metal que eles apresentavam possuía. Com essa sonoridade mais ampla, a banda garantiu ainda mais riqueza ao seu som, mesmo que isso significasse encarar certa desaprovação de alguns fãs mais conservadores. Nesse álbum a cantora Johanna Kurkela fez uma participação especial em duas faixas, sendo a única vez que isso aconteceu em um álbum da banda (exceção de backing vocals). Destaques: Deathaura,The Last Amazing Grays, Juliet, No Dream Can Heal A Broken Heart.


Stones Grow Her Name (2012)


Após a grande evolução apresentada em The Days of Grays, a banda buscou trazer ainda mais elementos novos em seu novo álbum, mesmo que isso significasse fugir completamente daquilo que se estava acostumado. Stones Grow Her Name tem influências no hard rock, metal clássico e outros estilos, e rompeu com algumas das referências que a banda trazia sempre consigo, como as metáforas com lobos, por exemplo. O resultado, embora não tenha ficado ruim, foi algo bem diferente daquilo que se poderia imaginar. Nesse disco o baixista Marko fez sua despedida em estúdio, pois sairia da banda no ano seguinte. Destaques: Only The Broken Hearts (Make You Beautiful), Losing My Insanity, Alone In Heaven e I Have A Right.


Pariah’s Child (2014)



Depois de tanta experimentação, o Sonata Arctica buscou trazer um pouco da velha fórmula de volta. Para provar isso, até o velho logotipo da banda foi resgatado, alem das referências a lobos, e o grupo fez de Pariah’s Child um disco onde vários elementos tradicionais se refaziam. Claro que não foi uma volta as origens especificamente, mas é possível perceber a antiga alma da banda entre as composições. Depois de quase 15 anos do lançamento do debut, seria demais esperar que a banda tivesse folego para mais faixas velozes e alucinantes, mas nesse disco a banda ainda dá uma prova de que sabe fazer power metal competente e com temáticas incríveis. O disco marcou a estreia de Pasi Kauppinen no baixo. Destaques: The Wolves Die Young, Blood, Half A Marathon Man, X Marks the Spot e Larger Than Life.